Os pecados capitais
Bom, ao final de uma semana e 5 posts (se não me engano) sinto-me satisfeito e feliz pelo andamento das coisas. Reguei uma semente que brotou e certamente plantei várias outras em solo fértil.
Confesso que meu ultimo post foi demasiado sentimento, na verdade quase não o termino por isso. No auge do sentimento, no breve momento em que este se tornou palavra, um orgasmo, o êxtase, o parto de uma frase que me fez sorrir: A beleza de ser humano é ser um a cada momento e o mesmo eternamente. Como já foi dito aqui, "Ah, o ser humano!". Esta frase me fez sorrir porque há muito não falava da beleza com tanta certeza e de forma tão profunda, o mundo até então se mostrava escuro, não se via tamanha beleza. A beleza essencial, sem raça, sem cor, sem nacionalidade, sem sexo, a beleza de ser humano. E por ter encontrado tamanha beleza, que poderia chamar de crua, trago como tema da semana "Os pecados Capitais".
Contraditório? Vejamos... pra que serve de fato esta lei que proíbe certas atitudes? Ora, proíbe o "improibível", veta seu instinto, o que há de mais puro e inocente no ser, sua essência animal, feroz, destemida, bela, tranqüila e solitária. E o que há de belo nisso? Tudo! O ser humano lutando contra tudo que é seu, lutando contra sua origem, contra seu caráter, contra seus sentimentos. A força bruta que o ser humano possui de se privar de si, de anular seus sentimentos, de ir contra sua vontade. Isso nos faz humanos.
Bom, sem mais delongas e sem dar créditos a crentes ou ateus, darei minha opinião a respeito de cada um destes pecados merecedores de punição, hoje começando pela avareza.
De acordo com o Aurélio, Avareza significa apego sórdido ao dinheiro. Eu diria que é apego a tudo aquilo que de alguma forma tem grande valor. Enfim, quem sou eu pra discutir com o "Tio Aurélio"? O que vale dizer é que no fundo este pecado refere-se a um medo, o medo da perda de algo valioso. Trata-se também da supervalorização dos bens materiais e da posse.
Tudo a que se refere este pecado é natural do ser humano e de qualquer outro animal, o medo da perda por exemplo, a posse é segurança e a insegurança é indesejada. Qualquer animal deseja a segurança para si e para aqueles que o cercam, para nós, seres humanos, a segurança está diretamente relacionada à posse de bens materiais, o que não tem valor para a maior parte dos animais. Em compensação o castor dá a vida por seu abrigo, 100 Pai nossos e 200 Ave Marias para cada castor que defender a segurança do seu lar, e o dobro para aquele que for precavido e fizer dois abrigos.
Brincadeiras a parte, o que não podemos - e é o que acredito sobre este pecado - é supervalorizar nossos bens. Acredito que devemos prezar a posse de sentimentos, de conhecimento, de paz, da liberdade ... e quanto a isso ser sim avarento, sem esquecer que tudo de mais faz mal.
Pra você...
Voltei!!! Passei esses dias sem postar só pra ver se alguém sentia falta. Ninguém sentiu... Mas sou persistente, mesmo que não façam rebeliões por falta de posts eu os farei. Sempre que puder e que tiver inspiração é claro. E é disso que eu venho falar hoje: INSPIRAÇÃO. Sem fugir é claro do tema da semana, que acaba na terça neh?! Acho que sim...
Inspiração, vou chamar de inspiração um trecho das palavras escritas de alguém. Alguém que hoje foi de grande importância pra mim... O trecho: quando temos uma simples companhia ao nosso lado, num banco de praça ou numa mesa de bar, isso tem sabor melhor quando percebemos num "insight" que é gratuito e espontâneo! E que, o que é realmente nosso é AQUELE MOMENTO. Isso, nem o tempo nos tira!. Palmas por favor!!! É desse sentimento que eu venho falando durante esse tempo, é dessa pureza, dessa compreensão da vida. Nada mais vale além deste momento, nada mais importa além do que vivemos AGORA. A beleza daquilo que é, está naquilo que se é enquanto se é. Óbvio, lógico, mas não tão simples quando se trata de seres humanos. Nós nunca somos completamente, inteiramente, totalmente, apesar da nossa essência imutável. O momento não muda, cada segundo que passa é marcado e nele nada mais se altera. A beleza de ser humano é justamente poder ser este monstro de possíveis mutações. A beleza de ser humano é ser um a cada momento e o mesmo eternamente. Ser humano me possibilita experimentar, "errar", "fingir". Ser humano é ter segredos, é não saber o que é amar e amar assim mesmo. Ser humano implica ser sozinho, solitário, triste, carente e mentiroso, pois todos nós somos felizes. Ser humano é mostrar, é entregar, é doar tudo que não se tem. Pois não se tem nada além DESTE momento. O que pertence a nós é o tempo em que vivemos, nada além do tempo, pois nada mais é eterno.
Obrigado pelas palavras. Em "doses homeopáticas" despejo meus pensamentos, e hoje eles são seus. Me doaste teu momento e agora te dôo o meu, sem desejos, sem anseios, sem pretensões, te dou aquilo que tenho: meu momento...
Como de costume, uma pequena introdução...
Tenho pensado ultimamente sobre a amizade (todos perceberam, eu acho), talvez por me sentir distante neste momento dos meus amigos, ou simplesmente por não tê-los fisicamente próximos a mim. Claro que estes pensamentos têm me ensinado algumas coisas, e por mais incrível que pareça quanto mais penso a respeito menos sei sobre o assunto.
O que mais tenho aprendido com tudo isso, o que mais absorvo da minha relação com vocês, amigos, é sobre mim. Meu último mais novo amigo me ensinou uma coisa que eu teimava em não aprender: dizer não. Mas teimoso como sou, aprendi a negar, mas me recuso a dizer “não”. Aprendi com isso que sempre há algo a aprender, entretanto também vi que não se pode apagar quem se é, e o melhor a se fazer é unir o aprendizado a você. Não se pode simplesmente "ajustar" o mundo a sua volta, ou se "ajustar" a ele. Aprendi que eu e o mundo a minha volta somos um só, que sem ele eu nada seria e que sem mim ELE nada seria.
Assim me sinto na presença sutil da lembrança de um amigo, me sinto parte dele e o sinto parte de mim. O grande segredo é assumir tudo a sua volta como tudo está a sua volta. O grande segredo é não tentar mudar o mundo, nem a si mesmo, ambos são imutáveis em sua essência. O grande segredo é a união. A união despretensiosa, sem cobranças e sem conhecimentos, pois o grande amigo não ama o "ser amigo", o grande amigo ama o amor que sente por ele.
¬¬
Booom, muito bom. Meus amigos leram meus pensamentos tortos, mas não me contento com tão pouco...
Queridos amigos, quero que saibam que estou adorando isso, é uma forma de me sentir mais perto de vocês. Hoje, depois de muito tempo, recebi noticias de um ilustre amigo. Um tal que é parente próximo do nosso presidente Lula. Vi em sua página de relacionamento sua companheira lhe chamar de "gordo"..... Quem eras tu.... um atleta, aliás, um atleta exemplar de alta performance e te vejo hoje assim!!! Como mudam os amigos!!!
Já que o tema da semana inicial do meu blog é amigo ( não era, mas agora é), falarei um pouco sobre o tema... (Ah Lika, eu fiz um texto acho que pra você sobre isso não foi? se possível... sabe neh?! Manda pra mim, ou publica aqui)
É difícil falar sobre este sentimento que persegue a todos, e a todos de forma única. É difícil descrever o sentimento que está presente em qualquer boa relação. É difícil saber quando existe realmente este sentimento. Diz-se que sobre a amizade, e logo do amor, não há duvida quando este ou aquele existem. É bem verdade que do amor não se duvida, mas é também verdade que sobre ele nada há de certo. O que me parece certo é que não se deve duvidar daquele que se quer bem. Parece-me certo que "inocente" seja sempre o veredicto final, e que o perdão não seja exceção, seja regra. Paciência, essa é uma grande virtude. Por mais que se queira as pessoas não são como queremos. As pessoas têm vida própria, e cada uma segue seu caminho da forma que acha conveniente, isso não quer dizer que diante desta conveniência se escolhe o caminho, o caminho é um só. Então eu digo: amigo, siga teu caminho. Desejo a ti tudo que possas desejar, te liberto de tudo que não queiras e espero te ver daqui a 20 anos como se estivesse com você durante todo esse tempo...
Lero Lero
Há muito não sinto o prazer desse som. Meus dedos doem, rangem ao redigir estas poucas palavras, mas a dor não se compara ao prazer. A presença desse hábito acompanha a presença de mim mesmo. Não me vejo fazendo sem antes me ver.
Às vezes uma certa filosofia irá tomar conta dos meus pensamentos, certamente com algum sentido. Nada na vida é em vão. Hoje sinto grande satisfação em dar o pontapé inicial com este "papinho". Fiz grandes amigos assim, falando. Acredito que todos nós.
Amigo de verdade é: amigo de verdade
Hoje meus amigos estão numa estante de madeira bem forte, madeira crua, estante alta, segura, longe de qualquer perigo, protegida de todo mau. Mas não se pode mantê-los ali estáticos, nem se pode impedir que se vão. A amizade é eterna, mas o local onde a guardamos e o zelo com que a tratamos é finito e mutável.. Sei que resta uma sombra do que um dia foi Eu na estante de outrem. Sei também que hoje existem sombras na minha estante, mas a sombra, aquela velha marca do tempo na madeira, não some. A sombra diz que não há mais necessidade do ser, a lembrança completa o espaço, a idéia de que ali esteve alguém, sacia o desejo da presença deste alguém. E quando este alguém volta, seu lugar está ali, marcado.
Sinto-me esvaziar, saciar um imenso desejo, uma grande necessidade que só se faz possível pela sabedoria daquele que hoje é sombra. Devo estas palavras a ele, devo minha sanidade a ele, devo minha surpresa e decepção a ele e por tudo isso lhe devo minha gratidão e a certeza de que seu lugar estará marcado e desocupado até o dia do nosso reencontro.